“A ilha de Circe” de Natália Correia: entre ilhas e metamorfoses
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Palavras-chave

Natália Correia
A ilha de Circe
Insularidade
Licantropia
Subversão no feminino

Como Citar

CABETE, A.; SEVERINO, I. “A ilha de Circe” de Natália Correia: entre ilhas e metamorfoses. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], v. 43, p. 142–157, 2025. DOI: 10.24261/2183-816x1043. Disponível em: https://mail.revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/983. Acesso em: 3 out. 2025.

Resumo

O estudo tem como objetivo analisar a intrincada rede de temas e simbolismos presentes na coletânea A ilha de Circe, nomeadamente as marcas de insularidade as quais aproximam Correia a outros autores (insulares), incidindo mais particularmente na novela homónima. A novela “A ilha de Circe” explora a licantropia, associando-a à figura de Circe, cujo poder transformativo é semelhante ao de Matilde. Interessa perceber como a narrativa reflete a crítica social e política de Correia, aludindo ao conto “Nações Unidas”, onde a violência e a desumanização são exploradas. É também destacado o papel feminino, através da personagem Matilde, que desafia as normas e detém um poder estonteante e potenciador de uma nova dinâmica social.

https://doi.org/10.24261/2183-816x1043
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Referências

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